quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EU METO A COLHER

Segundo Renato Ribeiro Velloso , na esfera jurídica, violência significa uma espécie de coação, ou forma de constrangimento, posto em prática para vencer a capacidade de resistência de outrem, ou a levar a executá-lo, mesmo contra a sua vontade. É igualmente, ato de força exercido contra as coisas, na intenção de violentá-las, devassá-las, ou delas se apossar. Nem todos deixam marcas físicas, como as ofensas verbais e morais, que causam dores,que superam, a dor física. Humilhações, torturas, abandono, etc., são considerados pequenos assassinatos diários, difíceis de superar e praticamente impossíveis de prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referencia de cidadania.
Assim como já demonstrado em outros países, a violência física e sexual teve alta magnitude entre as mulheres usuárias dos serviços básicos de saúde. Os companheiros e familiares são os principais perpetradores, e os casos são, em sua maioria, severos e repetitivos.
O homem é um ser agressivo por natureza, a agressividade é um mecanismo de defesa do ser humano, portanto ela só é natural em caso de extrema necessidade, para caso exclusivo de defesa. Apartir do momento que seu uso é considerado como “normal” a sociedade como um todo passa a criar uma pandemia, pois sempre violência gera mais violência. A violência contra a mulher atualmente já ultrapassou essa barreira, pois a violência passou a ser praticada não somente com a ação, mas também pela omissão. A omissão que choca, que agride, que condena. A vítima além de sofrer com as agressões, passou a sofrer com a condenação, pois nada se faz em relação ao agressor, no entanto olha-se a vítima como culpada pela agressão.
Muitos condenam a mulher que foi agredida por não denunciar, não processar, preferir calar, e continuar apanhando, mas se esquecem que essa mulher vai ter que voltar para casa, sem apoio, sem proteção, que muitas vezes, na maioria delas tem os filhos usados como reféns desse agressor.
Tem a Lei Maria da Penha que tira o homem de casa, sim tira, mas ele continua solto, com apoio dos amigos, do patrão, do vizinho, do político, recebendo seu salário, e ela? E os filhos que apoio ela passa a ter? De onde vai sair seu sustento? E o do seus filhos? Quem vai garantir a segurança dela fora da casa? Ou mesmo dentro da casa sem ele, afinal ela é mulher que gosta de apanhar, tá sozinha isolada. Amigas? Que amigas? o companheiro correu com elas, pois o primeiro passo do agressor é justamente isolar a vítima.
É chegado sim o momento de “METER A COLHER”, tá mais do que na hora de dizer CHEGAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Quem bate em mulher ou é criminoso ou é doente e deve estar ou preso ou em tratamento. Ele não pode estar num clube social seja ele de alta ou baixa sociedade, ele não pode estar jogando em um time profissional, ele não pode estar tomando cerveja com os colegas de serviço ou com seus vizinhos. Não conviva com esses monstros, coloque ele no lugar dele, o lugar dele é ou no xadrez ou numa clínica se tratando.
O 6 de Dezembro foi escolhido como Dia Mundial da Campanha do Laço Branco em decorrência do massacre de Mulheres numa escola politécnica da Universidade de Montreal, em 1989. Nesta data um estudante entrou armado gritando que queria acertar “apenas as mulheres”, as “feministas”. O saldo da barbárie: catorze alunas assassinadas. Em uma carta, argumentou que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente só para homens, em seguida suicidou-se. A trágica injustiça inspirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres.
Faça um protesto silencio mas que grita, chinga esses covardes, faça como estamos fazendo use um laço branco e você estará dizendo eu não tolero a violência contra a mulher, e ao mesmo tempo mulher conte com nosso apoio.
Ervino R. Martins
Presidente do ICPA (Instituto Cidadania Paz e Ação)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CAMPANHA DO LAÇO BRANCO

O 6 de Dezembro foi escolhido como Dia Mundial da Campanha do Laço Branco em decorrência do massacre de Mulheres numa escola politécnica da Universidade de Montreal, em 1989. Nesta data um estudante entrou armado gritando que queria acertar “apenas as mulheres”, as “feministas”. O saldo da barbárie: catorze alunas assassinadas. Em uma carta, argumentou que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente só para homens, em seguida suicidou-se.

A trágica injustiça inspirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres.